sábado, 31 de dezembro de 2011

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Última centelha

Eu não poderia encerrar as atividades do blog com algum humorzinho barato (ou nem isso) daqueles que a gente escreve correndo e sem muito cuidado só para que o blog não permaneça parado. Resolvi encerrar com alguma reflexão um pouquinho mais avançada, ainda que pretenciosa. Hoje é dia 30 e faço 30. Me torno bauzaquiano e me despeço dos vinte e poucos anos descritos por Fábio Junior. Aproveito para dizer que 2011 foi uma merda e espero que acabe logo... e que venha o ano do fim do mundo. Pois vamos à reflexão:

Semana passada fui fazer um teste para um comercial. Na fila, duas pessoas discutiam: Um era um semi-oriental com costeletas de Wolverine e óculos de John Lennon. A outra, uma ruiva legítima cujo alaranjado do cabelo e o branco da pele estouravam o menos sensível dos ISOs. Ambos aproximadamente na mesma a faixa etária que eu.

Começaram a discutir aquele velho papo sobre infância, sobre juventude, sobre a fita cassete e sobre os tablets e blá blá blá. E eu lá, só ouvindo, mas meio de saco cheio. Discutiam sobre o gigantesco salto tecnológico que aconteceu nos últimos 20, 30 anos, e que nós presenciamos, acompanhamos e do qual participamos. Uns acham que vamos saltar cada vez mais. Outros acham que vamos voltar e abandonar a tecnologia, ou que um dia ela vai se acabar por si só, e vamos ter que voltar a curtir o sol, a natureza, as coisas naturais e palpáveis. A ruiva falou que agora era tudo caminhava para a preservação do meio ambiente. Discordei em silêncio, pois só vejo as coisas andando pra trás. Começaram a falar sobre as relações de trabalho e então foi que um terceiro elemento entrou na conversa, um loiro de olhos azuis, aparentemente menos hippie que os outros. Ele disse que o desenvolvimento tecnologico nos deu condições para perder menos tempo com determinadas atividades, e realmente possibilitou que fizéssemos determinadas tarefas com maior agilidade. Podemos conversar com pessoas do outro lado do mundo, enviar um e-mail que chega instantaneamente, escrever e imprimir um documento, publicar um artigo, uma notícia, enviar uma foto para outro país e ela ser imediatamente publicada por lá, etc. Entretanto, como agora fazemos as coisas mais rapidamente, nos dão mais coisas para fazer... e fazemos mais e mais. A tecnologia que agilizou os processos, e que aparentemente devia nos dar mais tempo, apenas nos tirou o tempo, pois fazemos mais e mais coisas. E ela possibilita que continuemos sem tempo. Interessante. Inteligente. Algo de produtivo saiu daquela discussão. E eu nem me manifestei ali, tirando minhas caras e bocas. Apenas ouvi e me apropriei da idéia.

E até amanhã.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Ausência


Hoje faz dois anos que ela se foi. Fica a saudade boa, fica a saudade ruim. A gente se esquece do vazio que fica, mas o vazio não é pra ser notado, mas pra ser sentido, mesmo sem ser percebido. Ela se foi e não vai voltar. Ela levou muita coisa junto com ela. Levou muita coisa de mim, e deixou em mim muita coisa dela. Nada mais será como antes. Mas espero um dia reencontrá-la.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Fim do Blog


A vida nos leva a caminhos nunca dantes navegados. No último dia 11, fiz um post sobre a especulação imobiliária, mas não mencionei que era o aniversário de 3 anos desta versão do meu blog (o antigo existe desde 2003). O fato é que não consigo mais postar. Os acontecimentos recentes e os rumos que a minha vida levou nos últimos meses não me permite expressar minha criatividade aqui com a frequência que eu gostaria. Falta tempo e inspiração. Talvez seja a hora de eu utilizar outras formas de expressão. Ainda postarei até o final de dezembro, fazendo minhas habituais falas sobre as festas e fazendo o balanço do ano que passou. A partir do ano que vem não sei mais. Vou experimentar novas formas de arte.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Imobilização


A especulação imobiliária é com certeza um dos maiores males da humanidade. Causa crise mundial aqui, crise nacional acolá e impede que os cidadãos de bem, os verdadeiros trabalhadores, ou tenham muita dificuldade, ou não consigam realizar o sonho da casa próprio.

A especulação não respeita nenhum planejamento. O negócio é sair construindo e ir jogando os preços lá no alto. Aí controem torres imensas que cabem centenas de novas famílias em bairros que não têm infra-estrutura para receber tal demanda. Aí aumentam os congestionamentos, a luz cai, a água é cortada... porque não há distribuição que aguente esse boom.

Outro dia recebi no meu e-mail e depois mala direta aqui em casa um convite para conhecer um novo empreendimento aqui do lado do prédio onde eu moro. No anúncio eles diziam: "Venha morar em um dos bairros mais arborizados de São Paulo". Só que da minha janela eu pude ver que eles cortaram duas mangueiras centenárias que estavam no terreno. Então, se quer morar em um dos bairros mais arborizados de Sampa, saiba que terá duas árvores a menos.