domingo, 30 de janeiro de 2011

Trabalhando de madrugada...


Não sei direito, mas sinto que fui levemente recriminado por escrever no blog durante o expediente. Então estou aqui, na madrugada de sábado para domingo, fora do horário de expediente... escrevendo no blog. Mas seria certo permitir que minha criatividade, ainda que escatológica, fosse tolhida por um princípio moral de que o expediente deve ser utilizado apenas para o trabalho? Até que ponto o trabalho em uma repartição deixa de ser um bem público e se torna algo pessoal? Até que ponto o trabalho em uma empresa deixa de ser voltado ao lucro da empresa e se volta ao trabalhador?

Machado de Assis era funcionário público. Tenho certeza que ele escrevia no trabalho. Também tenho certeza que as composições escatológicas de Rogério Skylab surgiram durante o expediente no Banco do Brasil. Só o Chico Xavier que trabalhava de dia e escrevia/psicografava seus livros de noite. Resultado? Ficou quase cego e morreu com a saúde bem debilitada. E como não tenho vocação para mártir... continuo com a minha cruzada inquisidora de arrepiar os cabelos de qualquer Paulinho da Força, que coincidentemente, vi hoje no Shopping Paulista.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

S.O.S. ... tem um louco solto no trabalho.


O trabalho em uma repartição pública é algo minimamente peculiar e é incrível o número de doidos que trabalham em uma. Dizem que se trancar vira manicômio. Aliás, as paredes esverdeadas, as grades nas janelas, os colegas surtando e ameaçando uns aos outros de morte... Em algumas repartições existe até um TOP 5 dos loucos, porque cada um tem seu grau de insanidade.

Eis que certa feita, em uma certa repartição pública, um dos funcionários passou a fazer uma contagem regressiva. Ele contava os dias que faltavam para ele ser exonerado. E dizia que haveria uma surpresa em seu último dia de trabalho. Cochichou aqui que ia matar fulano. Deixou escapar ali que ia fuzilar beltrano. Deixou claro que odiava todo mundo e que quando Norman Bates estava indo com o trigo, ele já estava queimando o pão. O clima na repartição ficou digno de um documentário de Michael Moore. E a rotina seguiu.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Quanto vale?


Estou viciado no meu Nintendo Wii, em sua jogabilidade, em seus jogos. Antigamente eu alugava fitas. Hoje em dia eu compro. Gasto uma tremenda grana com novos jogos e acessórios. Desta vez foi a guitarra. Comprei a belíssima Rickenbacker do John Lennon para jogar com o Rock Band dos Beatles e Guitar Hero. Puro fetiche. Sim, eu não posso frequentar lojas de instrumentos musicais que logo já fico louco pra comprar e acrescentar novos itens em minha coleção. No caso dessa guitarra não foi diferente, apesar da compra ter sido pela internet. Mas me lembro de quando fui fazer uma entrevista pra Nintendo, em um prédio lá na Avenida Paulista aqui em Sampa. Era pra promover o jogo Guitar Hero... não lembro qual era na época, se era o I o II ou o III. Enfim, o papo é que o entrevistador era um escroto que falava com sotaque castelhano e não fazia nenhum esforço para que os candidatos entendessem o que ele perguntava. Felizmente, para a Nintendo, ele não foi o suficiente para sujar a marca... mas mesmo assim fica uma mágoa. Mas tudo bem. Passou. E agora posso me afirmar dizendo que pago o salário dele. O importante é que agora estou esmerilhando com a minha nova aquisição.

Na foto, a Rickenbacker de Jonh Lennon acima e a Gretsch duo Jet de George Harrison abaixo.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Esboço sem inspiração



Tentei usar a técnica do lápis azul que a Dani Dias tinha me falado que o cara do Process Junkie usava, mas eu estava sem muita inspiração... tentei desenhar um Conan, mas bateu uma preguiça... fui salvar o desenho pra quem sabe continuar outra hora, mas salvei no tipo errado de arquivo... mas beleza. Aí está a tentativa. Sim... totalmente inacabado. O longo espaço branco entre o desenho e o texto é um resultado de um papel A4 virtual mal aproveitado.

P.S. O lápis azul não aparece no arquivo que eu salvei, pois eu tinha deixado a camada apagada no Photoshop.

Pequena crônica do tucanato.


Sexta-feira. Véspera de feriado. A chuva torrencial acompanhada de uma tempestade de raios, relâmpagos e trovões derruba árvores e a energia elétrica na repartição pública. Com certeza a cidade já está alagando. O relógio marca 14h e os funcionários ainda estão retornando do almoço. Servidores públicos já tem uma péssima fama de não trabalharem, mas sem luz e telefone, fica difícil não fazer jus. O dia vai passando e a energia não retorna. Por volta das 16h30, alguns funcionários vão procurar a chefona da repartição para pedir dispensa para não ficarem até as 18h no escuro. A chefe, indicada política para cargo de confiança, já tinha passado quatro anos neste cargo. Passadas as eleições, posse de novo governador e novo secretário, ela soube os egos certos os quais tinha que massagear, os sacos certos os quais tinha que puxar e os pintos certos os quais tinha que chupar. Ficou mais quatro anos. Disse que a nova gestão seria diferente. Mas ao ser procurada pelos seus funcionários que buscam uma luz na escuridão, desaparece. Sim, a chefona zarpa. Abandona o barco. Vai embora e não dispensa ninguém. Os funcionários públicos têm que ficar até as 18h cumprindo o expediente no escuro porque a máquina de ponto possui gerador. Pois é. A nova gestão começa mal. Chefe que é chefe... é escroto.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Reino Animal


É interessante quando vemos animais que normalmente não fazem parte do nosso cotidiano circulando por aí. Estive em Bertioga esses dias e vi alguns lagartos andando pra lá e pra cá. Também vejo alguns na mata próxima ao restaurante onde costumo almoçar e que fica próximo ao Instituto Butantã, aquele famoso pelas cobras. Ah... as cobras. Essas sim estão presentes no nosso dia a dia. Mas por que as serpentes levaram a fama de serem traiçoeiras, característica própria do ser humano? O ser humano destila veneno e dá o bote, muitas vezes sem percebermos. A picada é indolor e as vezes só sentimos seus males depois do veneno já ter feito efeito. Os animais mais peçonhentos do reino andam sobre duas pernas.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Momento Modelo Fotográfico


Foto tirada por Dani Dias digna de capa de disco... ou de videoclipe do Renato Russo.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Outro Reino...


Nem só de animais vive o mundo, portanto vou dar uma breve pausa neste Reino e mostrar um pouco do concorrente. O meu desenho do Reino vegetal não exibe qualquer critério técnico. Talvez dê pra identificar uma rosa ali, um ibisco aqui, uma margarida acolá... mas provavelmente com erros técnicos. Enfim, vegetal é vegetal. Diferente do animal que chega chegando, o vegetal chega como quem não quer nada, e quando você menos percebe, já tomou conta. Animal é aqui e agora. Imediatismo e voracidade. Vegetal é paciência, continuidade. Enfim... comam mais vegetais e levem uma vida saudável.

Sim, eu poderia discursar aqui sobre Vegans e vegetarianismo... mas deixemos pra uma próxima oportunidade.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Línguas Mortas


Estive recentemente postando meus desenhos no Fotolog. É engraçado ver como a vida útil de algumas coisas acaba de repente. O Fotolog já foi uma febre e as pessoas queriam ter máquinas fotográficas digitais para subir suas fotos na web e compartilhá-las com os amigos. Hoje a fotografia está banalizada em qualquer celular, e será que alguém ainda acessa ao Fotolog. Atualmente, a cada vez que subo uma ilustração, aparecem os comentários de spam na minha página. Antigamente eram meus amigos lá. E o que dizer do ICQ com seu antoógico "oh oh" te avisando quando vinha mensagens? A primeira febre de programas de comunicação instantânea. Todo mundo tinha o seu. Ainda lembro do meu número de cabeça. 45108019. Mas eis que veio o msn e deixou seu adversário no ostracismo. Relutei nesta mudança, mas tive que ceder. Agora o Orkut parece estar perdendo sua vida e abrindo espaço ao blockbuster Facebook, que já tem até filme no cinema. Eu sinceramente não entendo como é que aquela porcaria pode deixar alguém milionário e se tornar uma das marcas mais caras da atualidade. Será que dura? Será que morre?

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Explosão Iminente

Gana adormecida
Memória infantil
Sonhos possíveis

O pulsar
A insônia
A explosão

O que demorava a chegar
Parece que já passou
O momento exato

A oportunidade
Os ciclos
O ato

Tudo se resume ao ato. A dificuldade, a realização, mesmo o planejamento e a elaboração. É tudo uma questão de ação. O preparo. O talento. A sorte. O estopim.

Ato.

Para quem não fugiu da escola...


Bom... já passaram aqui por este blog um mamífero, um inseto e agora teremos um anfíbio. Pois é. Desenhei esta rã em outra ocasião e hoje dei-lhe uma bela pintura que a faz parecer uniformizada para a guerra em seu habitat natural. Na verdade, como já faz muito tempo que estive na escola e não tive que dissecar animais na faculdade, não sei diferenciar muito bem uma rã de uma perereca. Sei que o sapo tem verrugas e papo de Faustão antes da cirurgia... mas no final das contas, parece tudo igual. Então por ora, simplesmente um anfíbio.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Mais um pouco de História Natural...


Quando eu era moleque, e ainda sou, gostava muito de jogar aquele jogo de perguntas e respostas chamado Master. Não confundam com o video game Master System. Estou falando do jogo de tabuleiro. Mas enfim, a minha versão era muito velha, tipo 1980. Daí as perguntas sobre esportes ou entretenimento se referiam apenas a atletas e artistas antigos, feitos e obras longíquos. Então eu escolhia História Natural, afinal, apesar dos avanços da ciência e tecnologia, um louva-a-deus será sempre um louva-a-deus.

Estado de consciência

O despertador toca várias vezes. A função Soneca do celular faz com que de 10 em 10 minutos ele volte a tocar. As vezes desligo a primeira badalada sem ao menos estar acordado, consciente. As vezes tenho longos sonhos entre um toque e outro. Hoje perdi o horário. Acordei no quinto toque, num total de seis, após um longo sonho. Já estava atrasado. Disso eu estava consciente. Peguei o carro, ainda meio que dormindo e sai dirigindo. A máquina não respondia meus comandos. Ou melhor, ela parecia ser uma extensão de mim. Corpo e mente ainda adormecidos, o automóvel se mostrou uma extensão orgânica do motorista. Estava muito difícil se focar na realidade, no presente, no aqui e agora. No concreto. Pra piorar a rádio começa a tocar uma música do Pink Floyd, alguma do álbum Dark Side of the Moon, bem lisérgica, com solos de sax e tudo. Só faltou a casa da Dorothy cair na minha cabeça. Será que já acordei? Ou isso tudo ainda é parte de um longo sonho?

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Quantidade ou qualidade?

Tenho que postar aqui para manter um número mínimo de seguidores, continuar ganhando minhas migalhas de centavos de dólares no Adsense e aparecer cada vez mais nos sistemas de busca. Sei que o meu texto é bom, pelo menos as vezes. Tenho algumas idéias ousadas. Algumas outras inteligentes. Foda-se a modéstia. Mas é foda escrever algo todo o dia. É difícil conseguir filosofar de maneira interessante com assiduidade. E quando eu digo interessante, não estou me referindo a filosofia de botequim ou devaneios maconheirísticos sobre o segredo do universo. Me refiro a visionismo. Não sei se esse termo existe. E se não existe, acabei de inventar. Se existe provavelmente dei um outro significado a ele... ou não. E fico nessa empasse sempre. Escrever ou não escrever, ei a questão. Se bem que é tudo uma questão de boa vontade. Se fazemos um esforcinho mental, conseguimos produzir algo inteligente. Ah... tudo culpa da maldita preguiça. E então eu continuo nessa de quantidade x qualidade. E pra piorar as coisas eu carrego outro dilema por conta de meu pós-modernismos, que me faz uma pessoa que sabe de tudo um pouco, mas não há nada que eu saiba demais. Aí o assunto vai desde equações matemáticas complexas até a novela das 8. E como é que vou fidelizar um público com essa falta de foco? Minto... sou péssimo em matemática. Mas enfim. Deu pra produzir algo nessa minha empreitada de hoje. Talvez não seja algo pioneiro... e com certeza não o é, mas tá valendo para um pouco de entretenimento ou aprendizado. Só resta saber de quem.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Labuta


Começo de ano é fogo. Que mané férias de Janeiro, como nos tempos da escola... é trabalho a partir do primeiro dia útil do ano. Não que haja muita coisa pra fazer, mas tem. Aí o funcionário público é convidado para a assistir a posse de seu novo secretário. E o que acontece? É barrado no baile. O auditório já estava lotado. Lotado de figurões engravatados e puxa-sacos, afinal não há lugar para pessoas isentas. O que fazer? Inventar coisa pra fazer enquanto não delegam nada e se preparar para responder alguma cobrança de algo não delegado. Assim é.