quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Diário de Mochila 10 - Capítulo Final


Curtimos o nosso domingo em Machu Picchu. De noite fomos comer uma pizza em Águas Calientes, a vila que fica aos pés de Machu Picchu e que configura o ponto turístico mais caro de todo o Peru. A pizza era horrenda e foi a gota d'água para passarmos mal. Diarréia, coco de cor diferente, mal estar. No dia seguinte pegamos o trem caro e desconfortável da PeruRail para voltar pra Cusco, mas ele só vai até a metade do caminho. Então tivemos que pagar um taxi. De Cusco compramos passagem para voltar ao Brasil. Saímos no dia seguinte, terça feira, mas a conexão em La Paz era só no outro dia. Então passamos mais um dia em La Paz, com a Dani passando muito mal. As únicas compras que conseguimos fazer foi a de remédios. Na quarta pegamos o voo para o Brasil e agora cá estamos. Cansados... por isso dormimos bastante e acordamos ao meio dia. E acho que é só por enquanto.

domingo, 22 de agosto de 2010

Diário de Mochila 9



Nos últimos 4 dias devo ter perdido muitos dos poucos quilos que tenho. No primeiro dia, descemos uma estrada na Cordilheira dos Andes de bicicleta até o pequeno vilarejo de Santa Maria. No segundo dia, andamos pelo menos umas 8 horas durante o dia por diversos tipos de trilha, desde passagens íngremes em desfiladeiros a 300 metros de altura a cansativas areias fofas. Chegamos em Santa Teresa e o terceiro dia foi muito semelhante ao anterior. Muito exaustivo. Hoje, subimos a Machu Picchu. Também foi um dia extremamente desgastante. Nao quero nunca mais na minha vida ver um degrau na minha frente. Idolatro o automóvel e o elevador. Mas era o objetivo da viagem. As ruínas de Machu Picchu. E a conquistamos... junto com centenas de outros turistas, gringos de todas as nacionalidades que infestam o santuário como formigas em cima do bolo.



quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Diário de Mochila 8


Fiquei tres dias sem postar porque a internet em Copacabana era o olho da cara, mas os últimos dias foram muito bons. Na segunda feira, partimos de manha para a Ilha do Sol, um lugar sagrado para os Incas. Fizemos a trilha que vai do lado norte até o lado sul da ilha. Sensacional. Conhecemos alguns brasileiros doidoes por lá, além de pessoas outros países, sem falar nos nativos Aimarás. Dormimos em um lugar com uma vista espetacular para o Lago Titicaca e a Cordilheira dos Andes. Acordamos cedo na terca para ver o sol nascer por detrás das montanhas geladas e voltamos a Copacabana. Antes de pegar o onibus para o Peru, conhecemos um grupo de Peruanos-argentinos doidoes que sao loucos pelo Brasil. Me fizeram tocar Raul Seixas no violao. Nos despedimos da Bolívia e passamos a noite em umaviagem congelante rumo a Cusco. Chegamos aqui hoje de manha e dormimos até mais tarde. Demos um role pela cidade, que é muito bonita, mas se tirarmos foto de alguma índia com uma lhama, ela nos obriga a pagar. Fechamos o pacote e amanha partiremos na Inka Jungle Trail rumo a Machu Picchu. Ah, e finalmente conseguimos assistir mais um capítulo das novelas globais aqui pela Globo Internacional, que parece nao receber uma parcela muito grande da verba da emissora.

domingo, 15 de agosto de 2010

Diário de mochila 7


Ontem a noite entrei na internet para verificar a minha fatura do cartao de crédito e percebi que na noite anterior as compras eu tinha pensado que o valor gasto em dolares fosse em reais. Ou seja, gastei pra caralho achando que estava gastando menos. Digamos que gastei quase o dobro do que pensei que estava gastando, afinal, é essa a diferenca entre o Real e o Dólar. mas tudo bem, aparentemente está tudo sobre controle pois tenho o cartao de crédito que funciona, apesar de que o da Dani já pifou. Também tenho uns reais que qualquer problema troco por moeda local. No último caso, recorro a papai e mamae.



Ainda com dinheiro, parti pra Copacabana, uma cidadezinha as margens do Lago Titicaca e que deu o nome a praia carioca. Aqui nao rola bossa nova, nem putas e travestis. A única semelhanca é o monte de gringos passeando. Comemos trucha, que na verdade acho que nao é truta, mas salmao. Andamos de pedalinho no lago e subimos o Morro do Calvário, que tem 300 metros de altura e é uma verdadeira via crucis, para ver o por do sol. Acho que por hoje é só, mas amanha tem Ilha do Sol.

sábado, 14 de agosto de 2010

Diário de mochila 6


Hoje foi um dia de compras em La Paz. Compramos muuuuuito e comemos um almoco tao apimentado que com certeza vai sair rasgando mais tarde. Acho que por enquanto é só isso mesmo. Gorrinhos, ponchos, vestidos, casacos, coisas de la de alpaca, artesanatos, tótens, capa pra violao e até mesmo um violao. Amanha vamos pra Copacabana... mas na Bolívia, nao no Rio de Janeiro.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Diário de Mochila 5


Ontem fizemos um programa radical aqui na Bolívia. Dani e eu descemos a estrada da morte de bike. Ela é considerada pelo Banco Mundial a rota mais perigosa do mundo, porque morre gente bagarai... sobrevivemos. As paisagens sao sensacionais. No trecho de asfalto, picos nevados e no trecho de terra, uma espécie de Serra do Mar, só que muito, mas muito maior. Outros turistas bobalhoes nos acompanharam. Dois belgas, o Tintim e o Van Damme, e um suico, o Milka. A Dani caiu duas vezes da bicicleta e ficou toda arrebentada, mas sobreviveu.

Hoje fomos conhecer as ruínas de Tihuanaco, ou Tiwanaco, ou... sei lá. Os Tihuanacos foram uma sociedade avancada que dominaram por aqui antes mesmo dos Incas, mas desapareceram misteriosamente devido ao contato amigável com os espanhóis.

P.S. O transito de La Paz é quase indiano. A quantidade de vans e o caos que elas causam me lembram da Sao Paulo antes de Marta Suplicy. Valeu, Martinha.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Diário de Mochila 4


Após uma longa viagem de Cochabamba a La Paz, chegamos. Criancinhas barulhentas no onibus, indios sendo atochados no veículo durante todo o trajeto. Juro que minha dor de cabeca nao foi por causa da altitude. No trajeto assistimos a dois filmes: um do Bruce Willis e outro do Van Damme. Como já era muita tarde, pegamos um taxi e ficamos em um hotel indicado pelo taxista. Hotelzinho sem vergonha e nao era dos mais baratos. Dormimos mal e fomos para um hostal no dia seguinte. Já que é pra ser xexelento, pelo menos que seja mais barato. Hoje conhecemos praticamente todo o centro da cidade, desde a praca principal até o mercado de rua onde as cholitas (índias da Bolívia) vendem desde artesanato local até feto de lhamas. Conhecemos o Museu da Coca e além do chá, comemos um delicioso brownie de coca. Bom, chega de cidade porque amanha é dia de desser a rota da morte de bike... yuhuuu

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Diário de Mochila 3


Ontem chegamos em Cochabamba. Nosso primeiro passeio foi logo de manha. Resolvemos ir ao Cristo Redentor, digo... Cristo de la Concordia. A maior atraçao da cidade é o teleférico que sobe até a montanha onde fica o monumento. Mas, em plena segunda feira, numa cidade nao muito turística, o bondinho estava em manutençao. Fomos de taxi mesmo. A vista da cidade de Cochabamba é muito bonita lá de cima. Depois fomos a um museu de arqueologia para aprender mais sobre a história e os povos da regiao. Em seguida fomos a rodoviária para saber dos horários de onibus para La paz. Vi travestis bolivianos... pode? Até aqui? Vimos também muitas cholas, ou cholitas, aquelas tradiciais índias bolivianas que se vestem com roupinhas características. Mas o melhor veio depois, estávamos de boa na rodoviária e uns oficiais da imigraçao nos abordaram, pediram nossos documentos,passaportes (que nao temos), o papelzinho da imigraçao... aí ficaram falando que o carimbo tava errado... e tudo isso com cameras de televisao nos filmando. Depois vieram outros caras, pediram desculpas e foram embora. Ou fomos vítimas de alguma pegadinha, ou a televisao local estava fazendo aquelas reportagens investigativas ou de denúncia sobre os processos de imigraçao. o fato é que brasileiros tem livre circulaçao e até mesmo livre residencia na Bolivia. Entao, nada de nos mandar de volta pro Brasil. E aqui estamos ainda em Cochabamba, saindo pra La paz. Até lá...

domingo, 8 de agosto de 2010

Diario de Mochila 2


Hoje é domingo. Na noite de sexta saimos para conhecer um pouco da noite Crucenha. Fomos a um bar cubano ouvir música latina. Comemos paella cubana e a Dani tambem tomou 3 mojitos. Tiro e queda. Passou mal no dia seguinte e tivemos que ficar um dia além so esperado aqui em Santa Cruz de la Sierra. Ela passou o dia inteiro ontem no hospital. O engracado eh que mesmo o hospital sendo publico, a gente paga tudo. Tem que ir na farmacia pra comprar o soro, os medicamentos e todo o equipamento de aplicacao. Ai no hospital eles cobram o atendimento e a aplicacao. Po, Evo... que sistema de saude é esse? E o hospital caindo aos pedacos? Tem infiltracoes, muita sujeita, ferrugem, umidade. Parece ambulatorio de filme de guerra da epoca da primeira Guerra Mundial pra tras. Pessoas detonadas, gemendo. Conselho: tente nunca ficar doente na Bolivia. Agora... vamos decidir pra onde vamos hoje...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Diario de Mochila 1


Chegamos nesta madrugada na Bolivia e nao to me dando bem com o teclado daqui. Ja no aeroporto aqui de Sta Cruz de La Sierra conhecemos uma boy band de Cochabamba chamada Voltaje. Acho que o estilo musical deles é cumbia, ou algo do tipo. Eles fazem versoes latinas de Bruno e Marrone, Zeze Di Camargo e afins. Depois, chegamos na cidade e o dia inteiro rolou umas paradas militares-patriotico-sindicalistas, porque parece que hoje eh algum aniversario da Bolivia. Quem nao para pra escutar o hino, leva bronca. Fora isso, a cidade ainda nao apresentou mais nada de interessante. Acho que vou ver Ti Ti Ti enquanto ainda pega Globo que amanha zarpamos pra outra.