sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz 2011

Daqui a poucas horas viramos mais um ano aqui no Brasil. 2010 vira 2011. Na Austrália e Nova Zelândia, a virada já aconteceu. Aqui ainda não. Mas o que vem a ser 2011 no calendário? Aparentemente nada especial. Não é virada do século, milênio, ou década. Não é o ano do fim do mundo. É apenas mais um ano. Apenas mais um mês, um dia, uma hora, um minuto, um milésimo de segundo que vira. E seguimos em frente buscando melhorar. É uma virada tão importante quando as viradas de tempo que estão ocorrendo no momento em que escrevo este post. Cada momento é um reveillon. Ou deveria ser. Então façamos... se conseguirmos.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Meta a linguagem...

Assistindo à novela Ti Ti Ti, percebi que estão ousando bastante no emprego da metalinguagem nas narrativas da teledramaturgia, antes dominada completamente por uma estética realista. No remake, a personagem de Murilo Benício já citou o trabalho do ator em o Clone, além de satirizar dizendo que protagonizaria o primeiro beijo gay da Televisão quando tentou atacar seu colega. Melhor ainda quando a personagem de Claudia Raia perguntou a uma noiva se o marido era gay, dizendo que casamento só da certo quando o marido é. Coincidência? São apenas alguns poucos dentre tantos exemplos que minha mente maliciosa pôde encontrar. Não vou ficar explicitando o que está nas entrelinhas, mas apenas deixo esta propaganda atual para que os leitores do meu blog tirem suas próprias conclusões.



E mais uma vez faço um merchandising aqui das Havaianas. Daqui a pouco vou querer que eles me paguem uma graninha pelo espaço. De qualquer forma, não utilizo este produto.

Memórias crônicas.


Está tendo início a madrugada do dia 28 de dezembro. Foi na noite do dia 27 do ano passado que chegou meu videogame pelo correio. Eu montei e provavelmente a essa hora eu estava jogando um produto que já era meu sonho de consumo há algum tempo. Mas eu jogava triste. Aquela tecnologia não era suficiente para suprir a minha dor.

Milú, a minha cachorra, já não andava mais. A levaríamos ao veterinário na manhã seguinte do dia 28, este mesmo de agora, um ano atrás. Foi a última noite que ela passou aqui em casa. Era um doloroso momento de transição. Um período pesado e penoso. Na manhã seguinte, o veterinário sugeriu a eutanásia e não contestamos. Me senti mal por não poder dar uma opção melhor para aquela de quem ajudei a cuidar por quase 15 anos. O máximo que fiz foi ficar ali até que ela partisse, como que segurando sua mão. Senti seu coração batendo forte quando ela percebeu o que estava se passando, e o batimento acelerado continuou durante a aplicação dos medicamentos. Quando a pulsação parou, seus lábios e as almofadinhas de suas patas, que antes eram rosadas, tomaram um tom roxo. Ela já não estava mais ali naquele corpo e imaginei que pudesse estar pairando no ar, ou me perguntando o porquê daquilo tudo, ou me agradecendo pelo alívio da dor.

Já faz um ano. Um ano que troquei os passeios com a Milú pelo videogame. Achei que a partida dela iria mudar a minha rotina, mas agora sei que ela não me prendia, pois nada mudou. Não ter a responsabilidade de cuidar dela não me direcionou para nenhum caminho diferente que eu imaginei que pudesse ter levado.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Análise Discográfica

Atualmente estou levando 4 CDs no meu carro. Sim, da mesma forma em que relutei para me desfazer do meu toca-fitas, resisto em abandonar meu CD Player e escutar MP3 no carro. Então, vamos a análise das 4 obras que tenho escutado.

Pearl Jam - Binaural


O sexto álbum de estúdio da banda é definitivamente o pior que eu já ouvi... desta banda Não se salva uma só música, inclusive a de trabalho Nothing As It Seems. Mesmo os caras sendo dinossauros do Rock e tocando muito bem, a pegada do álbum parece a de um CD demo de uma banda de hard rock iniciante. Todas as músicas parecem praticamente iguais.

Red Hot Chili Peppers - Greatest Hits


É a minha banda preferida e sempre desejei que eles fizessem um Greatest Hits. Entretanto, como bom fã que sou, acredito que eu teria feito uma melhor seleção das músicas. Eu não incluiria chatices como Universally Speaking ou músicas fracas como Road Trippin. Para representar o álbum One Hot Minute eu trocaria My Friends por Aeroplane. Representaria melhor também o antológico álbum Mother's Milk, além dos 3 primeiros discos que foram completamente esquecidos por essa compilação.

Alanis Morissette - Jagged Little Pill


Esse álbum é simplesmente espetacular. É uma daquelas obras que dá pra ouvir de cabo a rabo sem passar por nenhuma música ruim. Depois desse álbum, Alanis nunca mais conseguiu atingir tamanha excelência. Pelo contrário, decaiu vertiginosamente. Destaque para a ótima Hand in My Pocket, que foi composta de última hora e se tornou um dos maiores hits do álbum, e You Oughta Know, que conta com o baixo de Flea e a guitarra de Dave Navarro, que na época também era do Red Hot Chili Peppers.

Pink Floyd - Dark Side of the Moon


Este é um dos álbuns mais maravilhosos de todos os tempos. Uma obra completa, a começar pela capa, que se tornou uma das mais clássicas. Com simplicidade diz muita coisa. O disco pode ser ouvido de várias formas. Separadamente, possui ótimas faixas. Na íntegra, é uma viagem, uma história, uma experiência para ser vivida. O baixo de Roger Waters é o melhor feijão com arroz que existe. Ninguém segue o bumbo como ele. A guitarra e o teclado (ou seja lá o que for aquilo) dão o tom psicodélico. E a bateria... bom, não dá nem pra saber quando é bateria, quando é teclado, quando é sintetizador... fica tudo um mix de sensações. Não bastasse a qualidade da obra por si só, ainda é possível escutá-la sincronizada ao filme O mágico de Oz, porque as músicas se encaixam perfeitamente no enredo, ora como trilha sonora, ora como sonoplastia. Sensacional.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Presente de Natal


Ainda estamos no dia 25 e esta pintura em acrílica é o presente de Natal que dei para o meu avô. O rejuvenesci em uns 20 ou 30 anos. Ficou parecendo o ex-predidente Jânio Quadros. E você? Já pensou em fazer o próprio presente?

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Inferno Astral e Véspera de Natal

Chegou um momento muito esperado por muitos durante o ano. Pra mim, fim do ano é sempre uma bagunça, talvez porque seja o meu inferno astral. Neste ano, acredito que esse vilão astrológico tenha tentado me acertar, mas eu me defendi, me esquivei ou absorvi o impacto. Este período foi e está sendo muito mais tranquilo do que o do ano passado. Tranquilidade. Hoje em dia o tempo passa rápido. Quando eu era criança, esperava ansiosamente os ponteiros do relógio atingirem a meia-noite para que pudéssemos abrir os presentes. Antigamente meus vinte e quatros de dezembro demoravam uma semana, um mês, um ano. Agora chega voando. E tão rápido que mal dá tempo de comprar os presentes. E o inferno astral não ajuda. Nunca ajudou. Mas acredito que meu preparo fisíco anda melhor do que o dele. Será que isso é por conta da troca do meu Sol para o meu Ascendente?

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Preá pra que?


Marasmo no trabalho. É quase véspera de Natal e nos fazem vir até aqui pra ficar morgando um pouco, pois nada se tem para fazer. Então resolvo cair de cabeça naquele clichê do ócio criativo. Tento expressar como me sinto e desenho um preá... ou algum roedor do tipo. Quiçá um porquinho-da-índia... mas não é tudo a mesma coisa? Só sei que sempre quis ter um desses, mas meu pai não me comprou porque um desses quase arrancou o dedo de um cara no Pet Shop quando eu era criança... ou será que foi um hamster, que fica correndo naquela roda sem sair do lugar? Ou uma cobaia... ou um camundongo? Tanto faz.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Hoje é dia de vender o corpo

Hoje vou fazer a gravação de um comercial de uma empresa cujo nome não vou citar no momento, mas da qual eu reclamo ou já reclamei bastante por conta de seus serviços de qualidade duvidosa e péssimo atendimento, mas que sem ela eu não estaria publicando este post neste momento. Mas tudo bem, vai me dar uma graninha, ? Então eu me prostituo. A foto acima foi de um teste que eu fiz e não passei. Era pro comercial abaixo. Da Chevrolet, que apesar de ser um braço de execução do imperialismo americano do mal, fabrica produtos de qualidade.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Delete

Uma das lembranças dos tempos de FHC são os apagões. Nas últimas semanas, sofri com algumas quedas de energia que me deixaram na Idade da Pedra. Sem televisão, videogame, sem conexão com o mundo... fico sem saber o que fazer. Mesmo o meu violão... como vou tocá-lo sem olhar cifras na internet? Conclusão: eu, como primata, homo erectus, neanderthal ou chimpanzé, sou um completo inútil.

E ontem a energia caiu duas vezes aqui no trabalho. A primeira de manhãzinha e a segunda no final da tarde. E aconteceu que na segunda queda perdi tudo o que tinha feito após o almoço. Não, eu não estava usando aquela porcaria do Microsoft Word que salva os arquivos automaticamente de tantos em tantos minutos... estava utilizando Adobe Photoshop para desenhar. Não perdi uma tabela ou algo do tipo. Perdi um desenho. Uma obra de arte única, inigualável, irreproduzúvel e incompiável. E o pior é que tava ficando bom. Perdi. Pra sempre. Aos poucos começam a sumir da minha memória todos aqueles traços aos quais tanto me dediquei e que se perderam no espaço-tempo. É como se nunca houvessem existido. Mas eu refiz o desenho. Uma cópia quase fiel do anterior, mas não igual. É como se eu o tivesse clonado. Mas o original se foi... pra sempre. Eis o impostor. É uma representação de teia alimentar.



sábado, 11 de dezembro de 2010

Biênio


Segundo o Wikipedia (não confundam com o polêmico e atual WikiLeaks) um biênio é uma medida de tempo equivalente a dois anos, ou aproximadamente 730 dias. O meu blog, no atual formato está fazendo esse aniversário hoje. Sim, no dia 11 de dezembro de 2008, devido a problemas técnicos com o Pseudo-Arte migrei o local onde coloco minhas idéias insanas para cá, o Pseudo-Artes. O blog antigo começou em 2003, mas acho que foi em janeiro. Mas enfim, vamos soprar as duas velinhas.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O Despertar...


Adolescente é um bicho estranho. Perde o prazer nos prazeres lúdicos da infância e passa a se interessar por outros prazeres. Passa a odiar um monte de coisas . Atingi a minha maioridade bastante intolerante, odiando o futebol e o carnaval. Pra mim só o Rock and Roll interessava. Com a minha cabecinha de burguês comunista, ora consolidava a minha revolta contra o sistema, ora assumia meu papel de acomodado. Metamorfoses fulgazes. E eu odiava carros, mesmo querendo um para me locomover e quem sabe conquistar algumas garotas, já que isso também me interessava. E tal qual passei a odiar o futebol que outrora me trouxera tantas alegrias, eu simplesmente abominava o automobilismo. Odiava pessoas que gostavam de carros, que conversavam sobre carros e que compensavam sua pequenez peniana com carros grandes, potentes e velozes. Eu odiava.

Certo dia, de madrugada... ou melhor... certa noite, de madrugada, estou eu lá, nove anos após atingir a maioridade, ocioso na internet com a televisão ligada a meu lado, quando começa os treinos de classificação para o Grande Prêmio da Austrália de 2009. Lembro de ter escutado que essa seria uma temporada em que Rubinho Barrichelo estava com um carro bom e competitivo. Começo a assistir o treino e a achar tudo aquilo muito interessante. Eu estava entendendo como funcionava a dinâmica. Na madrugada seguinte, assisto à corrida. Acompanho toda a temporada e nesse mesmo ano descubro o kartismo. Foi correr apenas uma vez para me apaixonar. Atualmente corro pelo menos uma vez por mês. Foi tudo tão de repente. Algo que eu detestava, que eu discriminava, se tornou parte integrante da minha rotina. Assim aconteceu o meu despertar para o automobilismo.

Há poucos anos, eu jamais me veria assistindo a todas as corridas da temporada, me informando sobre os carros e os pilotos e sofrendo por ver um canalha ganhar. Se bem, que eu nunca gostei do Felipe Massa... e continuo não gostando. Salve Simpatia. Algumas coisas não mudam.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Inimigo meu


Sempre fui fascinado por ficção científica e o desejo de saber se há vida inteligente fora da terra me empolgava. Mas eu tinha medo. Eu gostaria de saber da existência dos ETs, mas não queria necessariamente ver um, muito menos ser abduzido. Muitas pessoas já me relataram experiências interessantes a esse respeito, mas, da mesma forma que não sou médium e nunca vi assombração, nunca vi ET, disco voador ou mesmo sondas passeando por aí.

O fato é que nesta semana a NASA anunciou que anunciaria, redundantemente, uma revelação que possivelmente revolucionaria as informações sobre a possibilidade de vida fora da terra. Hoje, anunciou que descobriu uma bactéria em um lago lá da Califórnia, bactéria essa que possui arsênico em sua composição no lugar do fósforo. Para mim não diz muita coisa, mas para os biólogos é uma quebra de paradigma. Mas enfim, não é tão legal quanto o ET Bilú, o ET de Varginha, o Chupa Cabras ou qualquer outra coisa estranha que pode aparecer no meu quintal de madrugada querendo fazer contato.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O princípio do fim é a apenas um recomeço.


Calendário Asteca

"Dezembro
é o décimo segundo e último mês do ano no Calendário Gregoriano, tendo a duração de 31 dias. Dezembro deve o seu nome à palavra latina decem (dez), dado que era o décimo mês do Calendário Romano, que começava em Março." Wikipedia

Iniciamos o mês de Dezembro. Mês tão esperado para alguns, tão temido para outros. No meu caso é um misto dos dois. É festas, aniversário, e no ano passado foi um período bravo. Hoje é dia 1º de Dezembro. Muita coisa já aconteceu neste dia, como a coroação de D. Pedro I em 1822. Hoje também é o dia mundial de combate a AIDS, essa doença tão chata que levou embora ídolos como Cazuza, Freddy Mercury, Renato Russo, Zacarias... é o mês do final. O mês que encerra um ciclo, pelo menos para nós que não seguimos esses outros calendários malucos que tem aí pelo mundo afora, como o chinês ou o judaico. Então, encerremos para recomeçar, pois hoje é o princípio do fim, que nada mais é do que um novo começo.